1- Em primeiríssimo lugar: são as melhores pra dançar. Tanto pela música quanto pela animação da pista.
2- Você nunca vai precisar pagar o mico de inaugurar a pista. Festas gays já estão sempre bombando ainda que você chegue cedo. Eles começaram a festejar há mil anos e nunca mais pararam e nem vão.
3- Festas gays também nunca acabam, apesar de acabarem sempre em algum lugar ainda mais maluco.
4- Só os gays entendem que dançar como uma devassa louca é super divertido e não quer dizer que você está a fim de sexo (muito menos de ser tratada como uma devassa louca).
5- Por mais ridículo, insano ou indecente que seja qualquer ato que você cometer, terá sempre alguém fazendo algo pior.
6- Se você estiver linda vai causar inveja ao invés de desejo. No fundo, é o que toda mulher prefere.
7- Você não precisa ficar na dúvida se o cara é gay. Ele é.
8- Se um cara falar que é macho, acredite. Precisa ser macho para ir a uma balada gay.
9- Homem idiota briga pra mostrar que é homem (e idiota). Como ali ninguém quer mostrar nada e só se divertir, dificilmente sai porrada. (No máximo uns tapinhas na cara interrompidos quando toca Madonna ou Justin).
10- Caminhar um metro sem ter cabelos puxados, ombros cutucados e cintura beliscada é o sonho de qualquer mulher bacana (se você fica contente quando mexem com você na obra você não é bacana e, pior, precisa urgente de um nutricionista).
11- As “acéfalas-nasaladas-alisadas-
12- Às vezes, por alguma razão obscura da psique feminina, a sensação de dançar “encoxada” por doze amigos sarados, bem vestidos, cheirosos e felizes, melhora muito a auto-estima, ainda que na cama você termine sempre cercada unicamente por farelos do pacote de Amanditas.
13- Estar num ambiente cheio de homens lindos que não te desejam e A CULPA NÃO SER SUA é libertador.
14- Ao invés de sair da balada certa (mais uma vez) de que o pai dos seus filhos definitivamente não está numa balada, você já chega na balada com essa certeza. Poupa um tempo precioso.
15- É badala pra exorcizar ao invés de ficar pagando de gata. E pagar de gata (empina bunda, chupa a barriga, arrebita os peitos, equilibra no salto, faz cara de mistério…) dá gases.
16- Quando você não quer agradar os homens, acaba agradando. Os poucos e valentes (e descolados!) machos da casa certamente vão reparar positivamente em você.
17- Toca Friendly Fires, Beck, Amy Winehouse, Basement Jaxx, Daft Punk, Hot Chip, Justice, LCD SoundSystem e o melhor do rock indie do momento numa versão “remix feliz, não se mate ainda”.
18- Seu ex namorado não vai estar lá, o que significa que você não vai voltar pra casa querendo morrer (ou com ele, o que é pior). E se ele estiver lá, baby, tá tudo explicado.
19- Se todo mundo dançar “moooito” e começar a suar, bicha não fede. No máximo “cheira” almiscarado.
20- As poposudinhas de calças apertadas estão seguras: ninguém vai passar a mão na bunda delas. (ou vão mas é pra descobrir se a etiqueta da Diesel é falsa, ou seja, é pro bem).
21- Não tem essa coisa machista tosca de “mulher até meia noite paga menos”. Você está lá como um deles, ou vice-versa (fiquei confusa agora).
22- Gastar uma fortuna em roupas, sapatos, brincos, maquiagem e cabeleireiro finalmente poderá ser valorizado. (já a calcinha você pode botar aquela de algodão com o elástico esgarçado mesmo, bem mais confortável pra se acabar de dançar).
23- Se um cara pedir seu telefone, ele com certeza vai ligar no dia seguinte. Gay adora manter contato (ainda mais se o seu primo tiver ido junto com você).
24- Se você encalhar na balada, tudo bem: todas as mulheres a sua volta encalharam também!
Sobre a autora: Tati Bernardi é paulistana e nasceu em abril de 1979. É
formada em propaganda e marketing pela Universidade Mackenzie e fez pós
graduação em vários cursos especializados de roteiro e cinema. Trabalhou
nas melhores agências de propaganda do país durante oito anos e nos
últimos dois anos se dedicou basicamente à literatura. Lançou os livros
“A mulher que não prestava” e “Tô com vontade de alguma coisa que eu não
sei o que é” pela Panda Books e atualmente colabora para revistas da
Editora Abril como colunista e escreve programas de televisão para a
Rede Globo. www.tatibernardi.com.br ou @tati_bernardi
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